Você conhece as flores de abril mais comuns?
Importante relembrar: se você acompanha nosso blog com frequência, sabe que estamos falando mais a respeito das espécies de flores típicas de determinados meses. Entendemos que esse tipo de material é relevante, principalmente, para pessoas que estão procurando por opções para decorações em datas especiais ou para aquelas que estão em busca de um presente.
Não esqueça também de conferir o post com as chamadas flores de aniversário – que são aquelas que representam os aniversariantes do mês em questão e que, além disso, podem inspirar e transmitir diversas simbologias para aqueles que acreditam.
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O mês de abril marca uma transição interessante no clima do Brasil, já que o nosso país é vasto e abrange diferentes regiões e ecossistemas. Devido à sua extensão geográfica, apresenta uma grande diversidade de climas e, consequentemente, uma variedade de plantas que se adaptam às condições específicas de cada região.
Em abril, a Região Norte, por exemplo,entra na estação chuvosa, caracterizada por chuvas intensas. As temperaturas médias permanecem elevadas, variando de 24°C a 31°C. Nessa região, é comum encontrar plantas tropicais exuberantes, como açaí, buriti, bromélias e diversas espécies de palmeiras.
No Nordeste, abril é parte da estação chuvosa em muitas áreas, mas algumas regiões começam a experimentar um declínio nas chuvas. As temperaturas médias variam de 25°C a 31°C. Plantas resistentes à seca, como cactos, suculentas e algumas variedades de agaves, são comuns nessa região, especialmente em áreas mais áridas.
No caso do Centro-Oeste, o mês marca o fim da estação chuvosa, e as temperaturas começam a cair um pouco, variando de 20°C a 31°C. Essa região abriga uma combinação de vegetação de cerrado e floresta tropical, com plantas como ipês, candeias, buritis e diversas gramíneas.
Abril é outono no Sudeste brasileiro, com temperaturas variando de 14°C a 25°C. Essa região apresenta uma mistura de floresta tropical e Mata Atlântica, com árvores como jacarandás, pau-brasil e uma variedade de espécies de orquídeas.
No Sul, por fim, o mês em questão marca o outono, com temperaturas mais amenas variando de 10°C a 20°C. Essa região é caracterizada por um clima subtropical, e plantas como plátanos, araucárias e diversas variedades de flores de inverno, como camélias e azaleias, são comuns.
Em resumo, o mês de abril traz uma gama diversificada de climas e temperaturas, o que influencia diretamente o tipo de vegetação que prospera em cada região. Conhecer essas características climáticas e as plantas associadas a cada área é essencial para planejar o cultivo e a jardinagem de forma eficaz e bem-sucedida.
É por isso que, ao longo de todo este artigo, vamos abordar as três principais flores de abril, uma vez que esse momento do ano não é propenso para o florescimento de apenas uma espécie, mas de várias – sendo elas, principalmente: margarida, angélica e gipsófila.
Se você se interessa pelo tema e quer saber mais sobre essas tipificações mencionadas acima, continue a leitura do artigo abaixo e acompanhe as dicas e detalhes de cultivo sobre cada uma delas!
Qual é a principal entre as flores de abril?
Fonte: Pixabay
A flor considerada como a principal do mês de abril é a margarida. Essa é uma das flores mais populares e amadas em todo o mundo e é conhecida por sua aparência encantadora e simplicidade cativante. Seu nome científico é Bellis perennis e é originária da Europa Ocidental, mas se seguiu para muitas outras regiões devido à sua popularidade e dinâmica de cultivo.
São flores caracterizadas por suas pétalas brancas e centros amarelados, embora existam variedades com pétalas rosadas ou vermelhas (muito lindas, por sinal).
Seu formato lembra uma roseta, com pétalas dispostas em camadas concêntricas em torno de um centro bulboso. Elas possuem uma elegância rústica e uma simplicidade que as tornam queridas em jardins, arranjos florais e até mesmo em buquês de flores.
Essa entre as flores de abril tem um tamanho relativamente pequeno. Suas hastes podem atingir cerca de 10 a 30 cm de altura e suas flores costumam ter um diâmetro de 2 a 5 cm, dependendo da variedade.
A época de floração da margarida varia dependendo das condições climáticas e da variedade que você estiver plantando. Em climas mais amenos, elas podem florescer na primavera e continuar até o outono.
Em regiões com invernos mais rigorosos, por sua vez, podem ser consideradas flores radiantes, florescendo durante os meses mais quentes.
Essas espécies incríveis preferem solos bem drenados e férteis. Um solo úmido é ideal, mas evite solos encharcados, pois isso pode levar ao apodrecimento das raízes – o que é muito comum em praticamente todas as plantas que mencionamos. O pH do solo, no caso, deve estar entre neutro e ácido.
Além disso, podemos mencionar que são plantas que prosperam com exposição ao sol. Elas preferem receber pelo menos 6 horas de luz solar direta por dia para um crescimento saudável e uma floração abundante.
Se você vive em uma região de clima quente, um pouco de sombra durante as horas mais quentes do dia pode ser benéfico para proteger as flores e folhas do estresse térmico.
História e onde essa espécie se desenvolve?
As margaridas têm uma história fascinante que se estende por séculos e se espalha por diversos cantos do mundo. Originárias principalmente da Europa, como já mencionado, essas plantas têm uma ampla distribuição geográfica e podem ser encontradas em diversas regiões temperadas e subtropicais do hemisfério norte.
Seu habitat natural inclui pastagens, prados, campos abertos, encostas de montanhas e até mesmo beiras de estradas. Essas flores têm uma notável capacidade de se adaptar a diferentes condições de solo e clima, o que contribui para sua presença integrada em ambientes naturais.
Pertencem à família das Asteraceae, que é uma das maiores famílias de plantas com flores – porém, falaremos mais a respeito desse tópico ao longo do artigo.
Nomenclatura e descoberta
A palavra “margarida” deriva do termo grego “margaritas”, que significa “pérola”. Essa designação provavelmente foi inspirada pela beleza simples e branca dessas flores. As margaridas também têm uma longa história de uso em remédios tradicionais e na culinária, com algumas variedades sendo consumidas como vegetais.
No século XVIII, a Imperatriz Maria Teresa da Áustria popularizou muito essa espécie, ajudando a marcar sua presença nos jardins da nobreza europeia. Com o tempo, essa entre as flores de abril cruzou fronteiras e se tornou uma figura comum em jardins de todo o mundo, graças à sua durabilidade, proteção e fácil cultivo.
Variedades e adaptação ao longo do tempo
Ao longo dos anos, muitas variedades híbridas de margaridas foram evoluídas, ocorreram em uma gama de cores e tamanhos. Dessa formas, é possível encontrar algumas que podem ser brancas, amarelas, rosadas e até mesmo vermelhas.
Cuidados e boas práticas para o cultivo da margarida
Aqui estão algumas dicas essenciais para ajudar você a cultivar margaridas vibrantes e deslumbrantes:
- Escolha do local adequado: essas flores prosperam em áreas que recebem luz solar direta. Escolha um local em seu jardim que receba pelo menos 6 horas de sol por dia. Certifique-se de que o solo esteja bem drenado.
- Preparação do substrato: o solo ideal deve ser fértil e bem drenado, como já indicado. Misture composto orgânico no solo antes do plantio para melhorar a estrutura e fornecer nutrientes essenciais. Evite, por fim, solos muito compactos.
- Boas práticas para o plantio adequado: plante as mudas de margarida a uma profundidade que seja igual à do vaso ou recipiente em que estava crescendo. Mantenha uma distância adequada entre as plantas para permitir a circulação de ar.
- Rega: essas flores apreciam solos úmidos, mas evite o excesso de água. Regue as plantas quando o topo do solo estiver seco ao toque, mas não permita que a água se acumule na superfície. Regar na base da planta, em vez de sobre as folhas, ajuda a prevenir doenças fúngicas.
- Fertilização: fertilize essa entre as flores de abril a cada duas semanas durante a temporada de crescimento com um fertilizante equilibrado. Isso ajuda a promover uma floração mais abundante e um crescimento saudável. Siga as instruções do rótulo do fertilizante para evitar a superdosagem.
- Poda regular: retire as flores murchas para incentivar a produção contínua de novas. No final da temporada de floração, considere cortar as margaridas de volta para incentivar o crescimento saudável no próximo ano.
- Controle de pragas e doenças: mantenha um olhar atento para pragas como pulgões e tripes, assim como doenças fúngicas. Se notar algum problema, trate com produtos naturais ou específicos para jardim, seguindo as instruções do rótulo.
- Inverno e proteção necessária: em regiões mais frias, proteja as margaridas durante o inverno cobrindo-as com palha ou folhas secas. Isso ajuda a evitar danos causados pelo frio intenso.
Algumas curiosidades sobre essa flor
- Significado simbólico: é frequentemente associada à inocência, pureza e amor verdadeiro. Essa espécie também é usada como um símbolo de sorte e esperança em várias culturas.
- Alimentos e bebidas: algumas variedades de margaridas são comestíveis e são usadas em saladas, chás e até mesmo para decorar pratos. Elas têm um sabor suave e levemente amargo.
- “Daisy Chains”: são frequentemente usadas para criar “daisy chains”, coroas feitas de margaridas trançadas, que são usadas como acessórios de cabeça ou adornos.
- Relação com a lua: o nome “margarida” também deriva do antigo inglês “daes eage”, que significa “olho do dia”. Algumas crenças populares associam essa flor à lua, já que suas pétalas brancas se abrem durante o dia e fecham à noite.
- Margaridas africanas: existem espécies nativas da África do Sul que são conhecidas como “margaridas africanas” ou “osteospermums”. Elas são apreciadas por suas cores vibrantes e semelhantes à margarida tradicional. Além disso, além das margaridas comuns, existem variedades de flores duplas, que possuem extras de pétalas, dando uma aparência de uma flor mais cheia e densa.
- Flores usadas em cosméticos: extratos de margarida são frequentemente usados em produtos cosméticos devido às suas propriedades antioxidantes e calmantes para a pele.
- Festivais e tradições: algumas culturas têm festivais e tradições dedicadas à essa flor de abril. Por exemplo, na Ucrânia, há um festival anual da margarida que celebra a chegada da primavera.
- Espécies nativas ameaçadas: as espécies nativas de margarida estão ameaçadas devido a mudanças no habitat e degradação ambiental. A preservação dessas espécies é importante para a biodiversidade.
Taxonomia macro
- Reino: Plantae.
- Divisão: Magnoliophyta (Angiospermas) – as angiospermas são plantas com flores e sementes protegidas em frutos.
- Classe: Magnoliopsida (Dicotiledôneas) – as dicotiledôneas são um grupo de angiospermas que possuem duas folhas cotiledonares nas sementes e características características distintas.
- Ordem: Asterales – as margaridas estão na ordem Asterales, que inclui várias famílias de plantas com flores, como as margaridas, girassóis e dálias.
- Família: Asteraceae (Compostas ou Asteráceas) – esta é uma família botânica diversificada e grande, também conhecida como a família das Compostas. Ela inclui flores conhecidas por seus capítulos florais únicos, que são compostos por flores individuais agrupadas.
- Gênero: Bellis – o gênero Bellis inclui várias espécies de margaridas. A espécie mais comum é a Bellis perennis, a margarida comum ou margarida-do-prado.
- Espécie: Bellis perennis – A espécie específica da margarida é a Bellis perennis. Essa é a margarida que é frequentemente retratada como uma flor branca com pétalas e um centro amarelado.
As outras 2 principais flores de abril!
Certo. Agora que você já sabe um pouco mais sobre os cuidados específicos, curiosidades e diversas outras características da margarida, vamos abordar algumas características e boas práticas no cultivo de outras flores de abril? 😉
No começo do artigo, comentamos sobre outras duas que também são comuns nessa época do ano: angélica e gipsófila, e é sobre elas que falaremos a seguir.
Angélica
Fonte: Plantei
A angélica (Angelica archangelica) é uma planta herbácea imponente e impressionante, conhecida por suas flores vistosas e folhagem exuberante. Suas qualidades ornamentais e usos medicinais tornam uma adição valiosa a jardins e espaços verdes.
Para garantir que sua angélica floresça e cresça com vigor, é essencial fornecer os cuidados apropriados. Aqui estão algumas orientações para um bom cultivo:
Localização adequada
Escolha um local no jardim onde a angélica possa receber luz solar parcial ou sombra filtrada. Essa planta prefere locais frescos e úmidos, evitando uma exposição direta ao sol intenso.
Solo, drenagem e boas práticas para a rega
A angélica prospera em solos ricos em matéria orgânica e bem drenados. Prepare o solo adicionando composto orgânico para melhorar a fertilidade e a retenção de umidade. Certifique-se de que o solo tenha uma boa drenagem para evitar o acúmulo de água ao redor das raízes.
Em relação a rega, é importante lembrar que essa espécie tem uma necessidade constante de umidade. Mantenha o solo uniformemente úmido, especialmente durante os períodos de crescimento ativo.
Dessa forma, regue a planta na base para evitar que as folhas infectadas fiquem molhadas, o que pode levar a problemas de doenças.
Fertilização, poda e suporte necessário
Aplique um fertilizante balanceado durante a primavera para estimular o crescimento saudável dessa entre as flores de abril. Evite excessos de fertilizantes ricos em resíduos, pois isso pode resultar em crescimento excessivo de folhagem em detrimento das flores.
Sobre poda, procure cortar as flores murchas para incentivar a planta a produzir novas flores e prolongar a floração. Remoção também de quaisquer folhas danificadas ou amareladas para manter uma planta saudável.
Devido à sua altura, inclusive, as hastes da angélica podem ficar pesadas e se curvar. Use estacas ou tutores para dar suporte às hastes, evitando que elas se dobrem e quebrem.
Proteção durante a época do inverno
Em regiões com invernos rigorosos, é interessante proteger a base da planta com cobertura de palha ou folhas secas para evitar danos causados pelo frio.
Gipsófila
Fonte: Agro20
A gipsófila, também conhecida como “mosquitinho” ou “chuva-de-prata”, é uma flor popular e delicada que adiciona um toque de elegância e romantismo a arranjos florais e jardins.
Suas pequenas flores brancas ou cor-de-rosa e sua folhagem graciosa a tornam uma escolha encantadora para diversos cenários. Aqui estão alguns cuidados essenciais para garantir o cultivo saudável:
Localização adequada e luminosidade
A gipsófila prospera em locais com bastante luz solar indireta. Escolha um local onde a planta receba luz brilhante durante pelo menos algumas horas por dia, mas evite a exposição direta ao sol intenso, que pode queimar suas folhas delicadas.
Solo, drenagem e boas práticas para a rega
Um solo bem drenado é crucial para o sucesso da gipsófila. Certifique-se de que o solo tenha boa aeração e não retenha água em excesso. Sobre rega, inclusive, é interessante mencionar que a gipsófila prefere solos úmidos, mas não encharcados.
Regue a planta sempre que o topo do solo esteja seco ao toque, mantendo um equilíbrio entre umidade e drenagem.
Fertilização, poda e manutenção necessária
A gipsófila não requer muita fertilização. Um adubo balanceado de liberação lenta aplicado uma vez no início da temporada de crescimento é geralmente suficiente. Evite excessos de fertilizantes, pois isso pode resultar em crescimento excessivo das folhas em detrimento das flores.
Sobre poda e sua manutenção, é interessante remover regularmente as flores murchas para estimular a produção contínua de novas flores. Se as plantas começarem a ficar muito densas, você pode fazer uma poda leve para promover a circulação de ar e a luz.
Proteção durante a época do inverno e propagação
Se você cultivar a gipsófila em climas mais frios, pode ser necessário protegê-la durante o inverno. Cobrir as plantas com cobertura de palha ou folhas secas ajudam a protegê-las do frio intenso.
Essa espécie pode ser propagada a partir de sementes ou através da divisão de touceiras. A divisão pode ser realizada na primavera ou no outono para rejuvenescer as plantas e expandi-las.
Arranjos florais e pragas
A gipsófila é amplamente utilizada em arranjos florais para adicionar uma sensação de delicadeza e volume. Suas flores altas e nuvens de folhas complementam muitas outras flores de maneira encantadora.
Por fim, mantenha um olhar atento para pragas como pulgões e cochonilhas, além de possíveis doenças fúngicas. A remoção imediata de partes afetadas e a utilização de medidas preventivas, como uma boa ventilação, ajudarão a evitar problemas.
E então? Gostou do conteúdo sobre as principais flores de abril? Esperamos que sim e que esse artigo tenha sido útil para você de alguma forma. Não deixe de nos contar se gostaria de ler outros artigos aqui no blog.
Aproveite, por fim, e leia também sobre como cultivar a planta Singonia!
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