Costela de eva: curiosidades e como cultivar?

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A costela de adão é uma planta amplamente conhecida e, nos últimos tempos, ficou ainda mais popular devido a sua aplicação na decoração interna das casas e apartamentos. É muito comum, inclusive, que essa espécie esteja presente em fotos de inspiração para décor em redes como Pinterest e Instagram.

Porém, a costela-de-eva (prima/irmão da de adão) também pode ser amplamente utilizada para esse mesmo fim de ornamentação de ambientes e, além de ser muito fácil de plantar, tem uma manutenção muito tranquila também – é por isso que abordaremos mais sobre ela ao longo deste artigo.

Também conhecida cientificamente como Monstera Adansonii, essa é uma espécie originária das florestas da América Central e América do Sul (locais de clima majoritariamente tropical). Devido a isso, precisa de luz indireta por, pelo menos, 6 horas diárias e se dá muito bem em climas que variam entre 18°C e 27°C.

Em relação a rega, é importante que o processo seja feito regularmente. Assim, é necessário manter o solo úmido mas evite encharcá-lo para que as raízes não apodreçam a longo prazo.

Outro ponto interessante a destacar logo nesse início é sobre a propagação da costela-de-eva. Normalmente, esse procedimento é feito através de estacas, através de um corte de outra planta (com um nó, entre uma ou duas folhas). E por que esse ponto é relevante? Porque, diferentemente da costela de adão, a de eva pode ser um pouco mais difícil de ser encontrada – então, se você conhecer alguém que já faz o cultivo dessa espécie, não deixe de pedir um pedacinho dela hehehe 😉

Bom, já é de se esperar que a costela-de-eva, além de linda, pode ser facilmente adaptada aos ambientes do seu lar, deixando-os muito mais bonitos, convidativos e aconchegantes. Se isso te fez interessar em saber mais sobre os cuidados com essa espécie, não deixe de acompanhar esse artigo até o final.

Logo abaixo vamos abordar mais profundamente sobre os cuidados, regas, adubação e valor médio das mudas dessa espécie tão bonita e decorativa. Boa leitura e acompanhe as informações! 😉

Taxonomia da Costela de eva

  • Domínio: Eukaryota;
  • Reino: Plantae;
  • Clado: Traqueófitas;
  • Clado: Angiospermas;
  • Clado: Monocotiledôneas;
  • Ordem: Alismatales;
  • Família: Araceae;
  • Gênero: Monstera;
  • Espécie: Monstera Adansonii.

A família Araceae é composta por plantas com flores monocotiledôneas que nascem sobre um tipo de inflorescência chamada espádice (geralmente acompanhada e, às vezes, parcialmente incluída em uma espata – ou bráctea em forma de folha). 

Também pode ser conhecida como a família “arum” e possui cerca de 140 gêneros, contando com mais 4.075 espécies conhecidas e espalhadas por diversas partes do mundo. Grande parte dessas tipificações dentro da família Araceae são utilizadas como folhas e flores para cunho decorativo.

Por isso, são amplamente e popularmente aplicadas em jardinagem, como plantas de interior e também plantas de exterior, onde os climas são amenos e geralmente não ocorrem geadas no inverno. No entanto, algumas espécies temperadas também são muito populares na jardinagem de clima mediterrâneo ou em zonas temperadas moderadamente frias, como Zantedeschia.

Essa família, por fim, apresenta algumas subfamílias igualmente importantes para o segmento de paisagismo. São elas:

  • Gymnostachydoideae;
  • Orontioideae;
  • Lemnoideae;
  • Pothoideae;
  • Monsteroideae;
  • Lasioideae;
  • Zamioculcadoideae;
  • Aroideae.

Monstera, por sua vez, é um gênero que possui cerca de 59 espécies. Todas elas estão presentes nas regiões tropicais e subtropicais do mundo. No caso, estão, em sua maioria, concentrados na América do Sul e América Central, porém, com amostras na África, Sul da Ásia e Oceania também.

O gênero, inclusive, é nomeado a partir da palavra latina para “monstruoso” ou “anormal”, o que é uma referência para as folhas que têm formatos incomuns, muitas vezes maiores e menores (em uma mesma planta), além da presença de buracos naturais em cada uma delas.

Além disso, além de trepadeiras perenes, esse gênero também contém algumas ervas. No geral, crescem cerca de 20 metros de altura quando estão perto de árvores e em seu habitat natural – quando são plantadas em vasos, porém, atingem uma altura bem menor.

Normalmente, sobem por meio de raízes aéreas que atuam como ganchos sobre os galhos – essas raízes também crescerão no solo para ajudar a sustentar a planta. Como a planta se enraíza tanto no solo quanto nas árvores, é considerada uma hemiepífita.

Sobre as folhas das plantas desse gênero, é possível destacar que são alternadas, verde-escuras, grandes (podem atingir cerca de 25 a 90 centímetros de comprimento e até 75 centímetros de largura).

As folhas fenestradas permitem que as folhas se espalhem por uma área maior para aumentar a exposição à luz solar e permitem também que a luz alcance outras folhas abaixo, usando menos energia para produzir e manter as folhas. 

Por fim, dentro do gênero, outras espécies além da costela-de-eva podem ser vistas. Algumas delas são as seguintes:

  • Monstera croatii M.Cedeño & A.Hay
  • Monstera deliciosa Liebm. – Ceriman, fábrica de queijo suíço
  • Monstera dissecta (Schott) Croat & Grayum
  • Monstera dubia (Kunth) Engl. & K. Krause
  • Monstera egregia Schott
  • Monstera epipremnoides Engl.
  • Monstera filamentosa Croat & Grayum
  • Monstera florescanoana Croat, T.Krömer & Acebey
  • Monstera gambensis M.Cedeño & MABlanco
  • Monstera gentryi Croat, M.Cedeño & O.Ortiz
  • Monstera glaucescens Croat & Grayum
  • Monstera gracilis Engl.
  • Monstera guzmanjacobiae Diaz Jim., M.Cedeño, Zuluaga & Aguilar-Rodr.
  • Monstera integrifolia Zuluaga & Croat
  • Monstera juliusii M.Cedeño & Croat
  • Monstera kikiae Zuluaga & M.Cedeño
  • Monstera kessleri croata
  • Monstera lechleriana Schott
  • Monstera lentii Croat & Grayum
  • Monstera limitais M. Cedeño
  • Monstera luteynii Madison
  • Monstera maderaverde Grayum & Karney
  • Monstera obliqua Miq.
  • Monstera oreophila Madison
  • Monstera pinnatipartita Schott
  • Monstera pittieri Engl.
  • Monstera planadensis croata
  • Monstera praetermissa E.G.Gonç. & TemponiName
  • Monstera punctulata (Schott) Schott ex Engl.
  • Monstera siltepecana Matuda
  • Monstera spruceana (Schott) Engl.
  • Monstera standleyana G.S.Bunting
  • Monstera subpinnata (Schott) Engl.
  • Monstera tacanaensis Matuda.

Fonte.

Características da Costela de eva

A costela de eva é uma planta ornamental nativa, majoritariamente, das flores tropicais e subtropicais do mundo. É uma espécie de porte menor do que a costela de adão, outra variação muito conhecida da mesma, mas igualmente linda e com capacidade de ser utilizada como parte do décor.

Com folhas menores e marcadas pela presença de alguns “rasgos” que parecem ter sido feitos acidentalmente, essa espécie pode carregar seu ambiente de charme e sofistificação. Mas, como saber se estou adquirindo a costela de adão ou a de eva? Dê uma olhada abaixo.

Como diferenciar a costela de adão da costela de eva?

Normalmente, conforme as folhas vão crescendo, os rasgos presentes nas folhas da costela de eva (mencionados acima), vão crescendo junto, porém, não chegam a se abrirem como acontece com a costela de adão. Essa é uma boa forma de diferenciar ambas as espécies.

Qual a melhor forma de plantar a costela de eva?

É uma espécie que pode ser plantada em solo tranquilamente. No entanto, a melhor forma de realizar esse procedimento, em primeiro momento e enquanto a planta ainda é muda, é na água. Submersa na água é onde a muda consegue se desenvolver melhor para, em seguida, ser plantada no solo.

Qual a característica mais marcante da costela de eva?

A característica mais distintiva da costela de eva, sem dúvidas, é o formato de suas folhas. Elas são fenestradas, ou seja, detém algumas aberturas ou fendas (que se assemelham a rasgos) ao longo do seu comprimento. Essas aberturas nas folhas conferem aparência elegante e dramática, além de serem um exemplo fascinante da adaptação da planta à sua ecologia natural.

É uma espécie trepadeira?

Sim, a costela de eva é uma planta trepadeira que exibe um crescimento vigoroso. Suas hastes longas e flexíveis permitem que ela se agarre e se espalhe por suportes, como treliças, paredes ou outros objetos. Essa característica a torna uma planta ideal para cultivo em vasos suspensos ou como planta pendente.

Apesar de trepadeira, a costela de eva cresce muito?

Embora a Monstera adansonii possa crescer bastante em seu ambiente natural, no caso de condições de cultivo interno, ela geralmente mantém um tamanho mais compacto. Isso a torna uma escolha popular para espaços menores, como apartamentos (onde é desejável ter uma planta bonita, mas que não ocupa muito espaço).

É fácil cuidar e fazer a manutenção dessa espécie?

A costela de eva é conhecida por ser uma planta de interior relativamente fácil de cuidar, sim. Como mencionado, ela prefere luz indireta, mas pode tolerar níveis mais baixos de luz. Além disso, gosta de solos levemente úmidos, mas não tolera o encharcamento. Regar cerca de uma vez por semana é geralmente suficiente, mas a frequência pode variar dependendo do ambiente e da estação.

Qual o melhor vaso para a costela de eva?

Em relação ao vaso, é importante que seja fundo, preenchido com areia ou pedrisco, e uma lâmina de água no fundo (que não deve entrar em contato direto com as raízes da planta).

Além disso, vasos de plástico ou resina ajudam a reter a umidade no solo por um período mais prolongado e, dessa forma, são os mais ideais para o cultivo. É necessário que contenha furos no fundo e uma camada de drenagem também. Para isso, pedrisco, brita, ou argila expandida podem ser usados.

Qual mistura fazer para o substrato?

A costela de eva prefere um solo rico em matéria orgânica, justamente como aquele que é encontrado nas florestas de seu habitat original. Ele deve ser bem aerado, pouco compactado e capaz de drenar rapidamente a água das regas. 

Uma mistura de terra vegetal e composto orgânico (podendo ser húmus de minhoca ou esterco curtido, em partes iguais), é suficiente para garantir um bom desenvolvimento desta planta. 

A Monstera adansonii e o paisagismo

Essa espécie é comumente usada em projetos de paisagismo para adicionar textura e cor a jardins e bordas de canteiros internos. Suas folhas verdes podem formar uma moita densa, atraente e muito bonita quando bem cuidada.

Como cuidar da costela de eva?


Fonte: Pixabay

Chegamos ao momento de falarmos mais especificamente sobre os cuidados e processos importantes para o cultivo da costela de eva. Como mencionado em dado momento, é importante atentar-se à quantidade de luminosidade e ao processo de rega, dois pontos super importantes para o sucesso do plantio.

 Acompanhe abaixo com mais detalhes outros cuidados!

Clima

A costela de eva é nativa de florestas tropicais, por isso, se dá muito bem com o clima tropical, meditarrâneo, continental e subtropical também – já que gosta de calor e de umidade.

Além desse ponto, podemos mencionar que é uma planta que deve ser administrada, preferencialmente, em sol indireto ou meia sombra, aceitando bem essas duas opções – até por isso vive dentro de casa sem grandes problemas.

Solo

O substrato ideal para a costela de eva já fora mencionado anteriormente. No caso, precisa ser fértil, de textura mais leve, permeável, enriquecido com matéria orgânica (de forma quase que obrigatória), e drenável também.

Uma mistura muito boa para o substrato dessa espécie pode ser feita através de terra vegetal, areia, húmus de minhoca, por exemplo. Para deixá-lo ainda mais drenável, a argila expandida pode ser incluída no fundo do vaso.

Poda

A poda da costela de eva é necessária caso seja importante controlar seu crescimento – e, provavelmente, você precisará fazer esse processo em algum momento. Normalmente, inclusive, é dito que o processo de poda acontece mais quando ela está plantada em formato de forração.

Regas

As regas da costela de eva podem ser feitas de forma regular. Sempre mantenha o solo úmido e também molhe suas folhas para aumentar ainda mais a umidade.

Faça o processo de irrigação todos os dias ou uma vez a cada 2 dias, porém, uma boa opção também é utilizar a técnica do “dedômetro” para verificar se há necessidade de colocar mais água na planta.

Essa técnica consiste em verificar a secura do substrato com a ponta dos seus dedos. Caso um pouco de terra grude sobre eles, significa que ainda não é o momento de regar a planta.

Adubação

A adubação da costela de eva pode acontecer de forma recorrente, caso preferir, cerca de 1 vez a cada 6 meses ou 1 vez por ano.

Em ambos os casos, o ideal é acontecer no início da primavera e, para isso, é possível utilizar esterco de gado ou compostos orgânicos. Uma fertilização com NPK 10-10-10 é suficiente para garantir um bom desenvolvimento desta planta.

Esperamos que o artigo sobre a costela de eva tenha sido útil e que você comece a cultivá-la aí na sua casa. Qualquer dúvida, não esqueça de deixar nos comentários. Aproveite o tempo no blog e leia também sobre a Peperomia Obtusifolia!

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