Flor Angélica: cultivo, dicas e simbolismo
A flor Angélica é bastante conhecida por sua beleza e simbologia. Essa espécie é uma herbácea, pertencente à família Asparagaceae. É nativa do México, tem formato ereto, além de ser acaule, decídua e de crescimento lento. Essa planta pode chegar a, no máximo, 80 centímetros de altura, sendo 50 cm seu mínimo.
A espécie é bastante usada na decoração de jardins e pode formar pequenos maciços em meio à gramados, sendo aplicada como bordaduras ao longo de caminhos, praças e projetos de paisagismo. Ademais, também se desenvolvem bem em vasos e jardineiras.
Um outro ponto é que é muito usada como flor de corte (quando colocada em vaso, por exemplo, pode durar até 14 dias, com troca regular da água). O corte da haste floral deve ser feito, quando abrir totalmente 2-3 flores.
Suas folhas mais fina com formato de lâmina linear e com tonalidade verde brilhante chamam muita atenção. Elas são, além disso, longas (com 25-35 cm de comprimento) e ficam agrupadas na base da planta,
As inflorescências da flor Angélica, por sua vez, são do tipo espiga e se apresentam em hastes eretas e altas, sobressaindo sempre sobre a folhagem. As flores tem aparência cerosas, são pequenas, majoritariamente de cor branca (porém, podem apresentar um tom levemente rosado). Essas flores medem, em média, de 4-6 cm de comprimento e podem ser simples ou dobradas.
As flores, além disso, exalam uma fragrância suave durante todo o dia e esse cheiro fica mais forte durante a noite. Em relação a duração, é possível mencionar que surgem na primavera-outono, ficam vivas e saudáveis durante cerca de 1 mês (as flores, não a planta, no caso).
No geral, a flor Angélica prefere climas mais quentes e úmidos eventualmente, ou seja, se dão bem a climas tropicais, temperados e subtropicais. Inclusive, é válido ressaltar que cresce melhor com, pelo menos, cinco a seis horas de luz solar direta por dia.
Pode ser cultivada a pleno sol, em solo fértil, rico em matéria orgânica, enriquecido com farinha de osso, além de claro, drenável.
Bom, já é de se esperar que, além de linda, a alta capacidade de se adaptar a diferentes condições e climas tornam a flor Angélica como muito qualificada e elegante para o paisagismo. Se isso te fez interessar em saber mais sobre os cuidados com essas plantas, não deixe de acompanhar esse artigo até o final.
Logo abaixo vamos abordar mais profundamente sobre os cuidados, regas, adubação, podas e taxonomia da flor Angélica. Boa leitura e acompanhe as informações! ;D
Taxonomia da flor Angélica
- Domínio: Eukaryota;
- Reino: Plantae;
- Divisão: Magnoliophyta;
- Classe: Magnoliopsida;
- Ordem: Asparagales;
- Família: Agavaceae;
- Gênero: Polianthes;
- Espécie: Polianthes tuberosa.
A família botânica Agavaceae é um grupo de plantas que abrange uma ampla diversidade de espécies e gêneros, muitos dos quais têm grande importância cultural, ornamental e econômica. Com características únicas e adaptações, essa família oferece uma visão inovadora sobre a evolução e a relação das plantas com seus ambientes.
As plantas da família Agavaceae são predominantemente xerófitas, o que significa que são adaptadas para sobreviver em condições áridas e secas. Muitas espécies possuem folhas suculentas, permitindo-lhes armazenar água para períodos de escassez. Além disso, muitas apresentam um crescimento lento, uma característica que contribui para sua longevidade e resistência.
Um dos gêneros mais emblemáticos da família é o Agave, do qual se originou o nome da família. As agaves são conhecidas por suas rosetas de folhas carnudas, muitas vezes com espinhos nas margens. As agaves são muito apreciadas por suas propriedades ornamentais e pelo papel cultural que desempenham.
Outro gênero notável é o Yucca, que possui um grande número de espécies conhecidas por suas folhas afiladas e rígidas, frequentemente agrupadas em formações semelhantes aos arbustos. Algumas espécies de Yucca são polinizadas exclusivamente por mariposas noturnas, um exemplo de coevolução entre plantas e insetos.
As plantas da família Agavaceae têm sido de grande importância para diversas culturas em todo o mundo. Os agaves, por exemplo, são valorizados pelo uso de suas fibras para a produção de cordas, tecidos e produtos artesanais. Além disso, muitas espécies são utilizadas na produção de bebidas, como a tequila e o mezcal, que são feitos a partir da fermentação do néctar das flores.
As propriedades suculentas dessas plantas também se tornam escolhas populares para jardins ornamentais e paisagísticos, especialmente em áreas de clima árido. A sua capacidade de sobreviver em condições adversas e exigentes faz com que sejam apreciadas como plantas de baixa manutenção.
Apesar de sua adaptabilidade, algumas espécies de Agavaceae enfrentam desafios de adaptabilidade. A distribuição do habitat devido ao desenvolvimento humano, a coleta excessiva de plantas silvestres e as mudanças climáticas são ameaças que podem impactar a sobrevivência dessas plantas em seus ambientes naturais.
Em um contexto mais amplo, por fim, o estudo da família Agavaceae contribui para nossa compreensão das estratégias de sobrevivência de plantas em ambientes extremos e da coevolução entre plantas e polinizadores.
A família botânica Agavaceae é um exemplo vívido da incrível diversidade e adaptação das plantas às condições ambientais. Sua contribuição para a cultura, economia e ecologia em várias partes do mundo destaca a importância de preservar essas espécies únicas para as gerações futuras.
Mais informações sobre o gênero Euphorbia
O gênero botânico Polianthes é um grupo de plantas conhecidas por suas flores deslumbrantes e perfumadas, assim como a flor Angélica. Originário principalmente da região tropical e subtropical das Américas, o Polianthes é um gênero que cativa os amantes de plantas devido à sua aparência graciosa e aromas envolventes.
O gênero Polianthes pertence à família Asparagaceae e é composto por aproximadamente 15 espécies diferentes. Uma das espécies mais notáveis dentro desse gênero é a Polianthes tuberosa, também conhecida como “tuberosa” ou flor Angélica.
Esta planta é nativa do México e é apreciada por suas flores brancas e cerosas, que crescem em cachos nas pressas. As flores possuem um aroma doce e intenso, tornando-as populares em perfumes e aromatizantes.
As plantas do gênero Polianthes são geralmente cultivadas por suas flores ornamentais e suas fragrâncias distintivas. A Polianthes tuberosa, em particular, é também valorizada por seus óleos essenciais usados na indústria de perfumes.
O cultivo adequado dessas plantas requer um solo bem drenado, boa exposição à luz solar e temperaturas quentes.
Em regiões com climas mais frios, as tuberosas podem ser cultivadas como plantas anuais, enquanto em climas mais quentes elas podem ser cultivadas como perenes. As flores brotam no verão e no outono, enchendo o ar com seu perfume envolvente.
Além de seu uso na indústria de perfumes, as flores de Polianthes também têm importância cultural e ritualística. Na Índia, as tuberosas são frequentemente usadas em cerimônias religiosas e em grinaldas de flores. No México, de onde é originária, a planta é muitas vezes associada a celebrações como o Dia dos Mortos, onde é usada para decorar altares e homenagear os entes queridos falecidos.
O gênero botânico Polianthes é um exemplo vívido da beleza. Suas flores deslumbrantes e perfumadas têm sido apreciadas ao longo da história em diversos contextos, desde a indústria de perfumes até práticas culturais e rituais.
Espécies
As espécies do gênero Polianthes são fascinantes em sua diversidade e características únicas, sendo as mais populares:
- Polianthes bicolor E.Solano, Camacho & García-Mend., (1998)
- Polianthes densiflora (B.L.Rob. & Fernald) Shinners, (1966)
- Polianthes durangensis Rose, (1903)
- Polianthes elongata Rose, (1905)
- Polianthes geminiflora (Lex.) Rose, (1903)
- Polianthes geminiflora var. clivicola McVaugh, (1989)
- Polianthes geminiflora var. geminiflora
- Polianthes geminiflora var. graminifolia (Rose) McVaugh, (1989)
- Polianthes geminiflora var. pueblensis E.Solano & García-Mend., (2007)
- Polianthes howardii Verh.-Will., (1976)
- Polianthes longiflora Rose, (1903)
- Polianthes michoacana M.Cedano, Delgad. & Enciso, (1993 publ. 1995)
- Polianthes montana Rose, (1903)
- Polianthes multicolor E.Solano & Dávila, (2003)
- Polianthes nelsonii Rose, (1903)
- Polianthes oaxacana García-Mend. & E.Solano, (2007)
- Polianthes palustris Rose, (1903)
- Polianthes platyphylla Rose, (1903)
- Polianthes pringlei Rose, (1903)
- Polianthes sessiliflora (Hemsl.) Rose, (1903)
- Polianthes tuberosa L., (1753)
- Polianthes zapopanensis E.Solano & Ríos-Gómez, (2011).
Características da flor Angélica
Fonte: Freepik
Certo. Agora que falamos sobre algumas outras espécies do mesmo gênero, vamos adentrar nas características ainda mais específicas da flor Angélica. Acompanhe abaixo um resumo de alguns pontos já falados no artigos e outros novos!
- Descrição geral: a flor Angélica, popularmente conhecida como tuberosa, é uma planta perene originária do México.
- Características: suas flores são brancas e cerosas, crescendo em cachos. Elas possuem uma fragrância doce e intensa, tornando-as populares na indústria de perfumes.
- Cultivo: a flor Angélica prefere solos bem drenados e boa exposição à luz solar. Ela é cultivada tanto como planta anual em climas mais frios quanto como perene em climas mais quentes.
- Utilização: os óleos essenciais extraídos das flores da flor Angélica são usados na produção de perfumes e fragrâncias. Além disso, as flores também têm importância em cerimônias religiosas e práticas culturais em várias partes do mundo.
- Importância cultural e simbolismo: no México, as flores Angélicas estão associadas a celebrações como o Dia dos Mortos, onde são usadas para enfeitar altares e homenagear os falecidos.
- Conservação: algumas espécies enfrentam desafios de conservação devido à coleta excessiva e à perda de habitat.
Curiosidades sobre a flor Angélica
Além das características e informações já mencionadas, podemos citar algumas curiosidades sobre essa espécie:
- Origem mística: o nome “Angélica” tem origem nas lendas e são medievais, associando a planta às propriedades medicinais que ajudaram a combater as epidemias. Acredita-se que o nome tenha sido inspirado por anjos, simbolizando proteção.
- Variedade de espécies: o gênero da flor Angélica abriga uma grande, algumas das quais são usadas na culinária, na medicina herbal e até mesmo na fabricação de licores.
- Culinária e aromatização: algumas espécies, como a flor Angélica, têm sido usadas historicamente na culinária e na produção de licores. Suas hastes e raízes podem ser cristalizadas e usadas como decoração de sobremesas.
- Habitat natural: a maioria dessas flores são encontradas em regiões de clima temperado e subártico.
- Haste oca: uma característica interessante da planta é que suas hastes são ocas, o que é uma adaptação para reduzir o peso e permitir que a planta cresça mais alto.
- Aroma e atração de insetos: as flores de Angélica possuem um aroma doce e atraindo para uma variedade de insetos polinizadores, como abelhas e borboletas.
- Folclore: em algumas culturas, a flor Angélica era usada como amuleto de proteção contra forças malignas e doenças. Suas propriedades medicinais também foram exploradas ao longo da história para tratar problemas digestivos, respiratórios e circulatórios.
- Uso na perfumaria: o óleo essencial extraído das raízes e sementes é usado na produção de perfumes, devido ao seu aroma característico e peculiar.
- Cultivo em jardins: algumas espécies de Angélica são cultivadas como plantas ornamentais em jardins, adicionando altura e textura ao paisagismo.
- Flores comestíveis: além de suas raízes e caules cristalizados, as flores de algumas espécies de Angélica também são comestíveis e podem ser usadas em saladas, sobremesas e bebidas.
Como cuidar da flor Angélica?
Fonte: Southern Bulb
Chegamos ao momento de falarmos mais especificamente sobre os cuidados e processos importantes para o cultivo da flor Angélica. Acompanhe!
Luz adequada e clima
A flor Angélica prefere locais parcialmente sombreados ou com luz solar filtrada, especialmente em climas mais quentes. Isso ajuda a evitar que suas folhas delicadas queimem. Encontre um local onde a planta receba luz solar da manhã ou da tarde, mas evite o sol forte do meio-dia.
Solo, rega e plantio
Prepare um solo bem drenado e enriquecido com matéria orgânica. A flor Angélica prefere solos úmidos, mas não encharcados. Além disso, é interessante optar por um solo que retenha umidade, mas não fique encharcado, para evitar o apodrecimento das raízes.
Plante as mudas da flor Angélica a uma profundidade semelhante à que estava no vaso original. Certifique-se de dar espaço suficiente entre as plantas para que elas tenham espaço para crescer.
Mantenha o solo uniformemente úmido, regando quando a camada superior começar a secar. Evite olhar em excesso para evitar problemas de apodrecimento das raízes. Durante períodos de calor intenso, a planta pode precisar de regas mais frequentes.
Processo de fertilização
Aplique um fertilizante equilibrado durante a estação de crescimento ativo, seguindo as instruções do produto. Evite fertilizar em excesso, pois isso pode levar ao crescimento excessivo de folhas em detrimento das flores da flor Angélica.
Poda e propagação
Remova flores desbotadas para incentivar a produção contínua. Na primavera, corte as folhas velhas ou danificadas para promover o crescimento saudável. No final da temporada, é recomendado cortar a flor Angélica até o nível do solo.
Sobre propagação, a flor Angélica pode ser plantada a partir de sementes ou divisão de plantas maduras. As sementes geralmente são semeadas no outono ou na primavera, enquanto a divisão é feita na primavera ou no início do outono.
Pragas
Fique atento a pragas como pulgões, cochonilhas e lesmas, que podem atacar as flores Angélicas. Use métodos de controle orgânicos ou produtos adequados para manter essas práticas sob controle. Além disso, evite o excesso de umidade para prevenir doenças fúngicas.
E então, esse artigo foi interessante? Esperamos que você tenha aprendido mais sobre a flor Angélica e que você comece a cultivá-la aí na sua casa. Qualquer dúvida, não esqueça de deixar nos comentários.
Aproveite o tempo no blog e leia também sobre a samambaia Renda Portuguesa!
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